Em um momento desses andando em uma das ruas da cidade avistei de longe uma longa fumaça que subia como se quisesse alcançar a eternidade. E de fato, ela queria. subindo devagar, porém intensamente como se soubesse o ponto final, ela seguia. Abusada. Ousada. Mas determinada. Na tentativa de descer, ela se esconde entre as nuvens e lentamente desaparece para que daqui ninguém a veja. Neste momento, sentei-me. Uma tristeza veio tomando minha alma como se corresse pelo meu sangue e atingisse todo o meu corpo, eu me deitei e sozinha naquela estrada escura sentindo muito frio, tentei dormir, mas algo me acordou. Uma luz, vinda de um ponto amarelado no céu, uma forte luz apareceu me chamando, e ainda perturbada com a intenção da fumaça, eu acordei olhando para o céu e buscando naquela imensidão, a fumaça que nem de longe apareceu para me buscar. Queria eu, ser levada junto a ela para o infinito universal, mas ela pouco se interessou em saber o que eu de longe queria ao vigiá-la por cada segundo que passava naquele velho relógio de meu avô, que segurava em minhas mãos para mais tarde ao longo do dia ele se perder de mim. Levantei-me ainda tonta e caminhei para meu destino na tentativa de encontrar novamente a fumaça que me faria viajar para o horizonte na eterna busca de quem um dia me deixou.
Tatiana Rangel
Pasmei! oO
ResponderExcluirEstá revelando a artista que existe em vc!!
uhull
\o/
(fundaremos a sociedade dos poetas anônimos da Folha)
hahahahahaha
Talvez vc ache que seja viagem minha, mas enxergo essa fumaça como a nossa evolução, o crescimento que existe dentro de cada um de nós.
ResponderExcluirA cada momento vivido, ela se desprende, vai se soltando da gente e principalmente nos leva mais adiante.
A vida é um aprendizado e cada um, com certeza, tem uma fumacinha dessa na caminhada.
Beijo grande.